sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O Lixo nas alturas

Por Ana Echevenguá e Rodrigo Moretti - ONG Eco & Ação


Em 24 de novembro de 2009, o Instituto Eco&Ação, integrante da Procuradoria Ambientalista/ONGs Brasil, realizou um sobrevôo de helicóptero sobre o extremo sul de Santa Catarina. A iniciativa faz parte do projeto de elaboração de um diagnóstico da disposição dos resíduos domésticos e industriais de Santa Catarina.

O sobrevôo teve a cobertura da RBS TV que registrou as imagens colhidas e juntamente com a TV Cultura veicularam reportagem a respeito.

Em duas horas de vôo, foram vistas empresas (algumas que possuem fachada bonita, premiações internacionais pelo bom desempenho) jogando rejeito de sua produção no quintal ou em lugares estrategicamente escolhidos devido à dificuldade de acesso por terra.

Aterros sanitários, contruidos especialmente para tratar o lixo nosso de cada dia, estão em situações precárias. O mal cheiro chegou a atingir a altura de 300 metros e pode ser sentido de dentro do helicóptero.

Um incinerador de lixo hospitalar sem qualquer cuidado com o lixo que recebe. Muito lixo jogado em beira de estrada, zona urbana, e em lugares já degradados pela mineração, escondidos, as vezes, em clareiras na mata. Além de muitas pessoas mexendo no lixo, tentando garantir o sustento da família, em condições sub-humanas.


O instituto Eco & Ação deixa bem claro que esta foi a primeira vistoria deste tipo na região. Mas não será a última! "Contamos com a colaboração dos diversos segmentos da sociedade para que façamos, pelo menos, uma verificação dessas por mês", afirma Ana Echevenguá, coordenadora do programa.

Comentário do Blog: Ações desse porte e desta envergadura, merecem nosso total apoio e divulgação. A questão do lixo sólido, seja doméstico, industrial ou hospitalar, é realmente assustadora o modo como é tratada. Essa causa pertence a todos, à cidadania, aos poderes públicos e, em especial, ao Ministério Público, pois, com a força da lei poderá sanar essa grave questão ambiental.

Coluna retirada do Jornal Agora de sexta-feira, 04/12.
Fotos Ilustrativas

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Jovens criam material biodegradável para substituir isopor


O poliestireno, mais conhecido em sua forma expandida como o popular isopor, conta agora com a concorrência de um novo material biodegradável inventado por dois jovens em Nova York.

Composto por raízes de fungos e resíduos agrícolas, o Eco Cradle pode ser moldado em qualquer forma, tem baixo custo de produção e pode ser reutilizado ou aplicado como fertilizante.

O poliestireno é um material não reciclável ou degradável, derivado do petróleo e cujos principais consumidores são China e Europa. Sua produção mundial chega a 35 milhões de toneladas anuais. Mais de 70% dessa carga é usada na construção civil.

Isopor, não é reciclável nem biodegradável

Segundo Bayer e Gavin McIntyre, os idealizadores do projeto, "o que produzimos é um material alternativo ao poliestireno, que tem o mesmo desempenho físico, mas é degradável no meio ambiente, ou pode ser reciclado".

O composto é feito com pequenas raízes de fungos chamados micélio e resíduos agrícolas como a casca de arroz, trigo ou sementes do algodão.


Depois, testaram essas raízes com diferentes produtos residuais. Em poucos dias, descobriram que as pequenas raízes dos fungos se transformavam em uma massa densa de fibras que dão ao composto um sustento estrutural.

Além disso, receberam no ano passado 500 mil euros por terem vencido o "Desafio Verde" da loteria holandesa Postcode, um prêmio que estimula o desenvolvimento de produtos que diminuam as emissões de gás carbônico (CO2).

Fonte: Agência Efe - Portal Terra
Fotos: Ilutrastivas - internet