terça-feira, 29 de setembro de 2009

Interessante: Presidente da Fatma, Murilo Flores, publica artigo sobre estratégia ambiental

"O debate ambiental ganha força quando os eventos climáticos catastróficos ocorrem no Estado."

Estratégia ambiental (*)Murilo Flores Presidente da FATMA

O debate ambiental ganha força quando os eventos climáticos catastróficos ocorrem no Estado. Falta ao Estado uma estratégia ambiental. Falta definir um plano de ocupação de seu espaço, através da análise ambiental estratégica, que define as áreas onde empreendimentos podem ser alocados, com menor risco ambiental. Falta uma estrutura de fiscalização ambiental moderna, voltada tanto à educação ambiental quanto à repressão, para que se cumpra a legislação ambiental. Falta uma coordenação e um núcleo de inteligência para a questão ambiental.

Os principais problemas ambientais do Estado estão nos seguintes campos: contaminação dos rescursos hídricos; ocupação desordenada do espaço urbano e rural; desmatamento ilegal; falta de ações articuladas de monitoramento e prevenção dos eventos catastróficos. Mas o Estado possui competência para enfrentá-los. Possui quadros técnicos de alto nível (EPAGRI, FATMA, UFSC. UDESC), uma Defesa Civil respeitada e uma capacidade institucional de definir políticas.

Porém, é necessária a organização de algumas ações para concretizar esse potencial. No curto prazo, a formação d0 Instituto de Meteorologia, Climatologia, a partir da estrutura do CIRAM/Epagri, do Instituto de Gestão das Águas, incluindo o Laboratório de Balneabilidade da FATMA. O CIRAM acumula, em parceria com a FUNDAGRO, experiência de monitoramento meteorológico, das condições hidrológicas de lagos e de vazão dos rios. A FATMA tem a credibilidade das informações das condições das águas do mar. Montar um conjunto de laboratórios, a partir dessas estruturas, que reúna a competência necessária, é absolutamente estratégico.

No médio prazo, a constituição de uma Secretaria de Meio Ambiente, capaz de coordenar as estratégias políticas e ter, como suporte, uma FATMA reformulada e o citado Instituto reunindo as competências científicas necessárias. Isso já seria um bom começo para a melhor gestão socioambiental em Santa Catarina.

O artigo acima foi publicado pelos Jornais Diário Catarinense e Notícias do Dia em suas edições da última quarta-feira, 16 de setembro.

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